sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Fim de ano é favorável para a compra de imóveis no litoral de SP, diz Secovi

Carlos Meschini, diretor executivo do Secovi na Baixada Santista  (Foto: Divulgação Secovi-SP/Calão Jorge)
O fim do ano é um bom momento para a compra de imóveis e para a locação de apartamentos na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, já que as grandes incorporadoras querem vender o estoque que sobrou ao longo do período. A pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos Marplan revela que 36 mil moradores das cidades das Baixada Santista, no litoral de São Paulo, pensam em comprar imóveis nos próximos 12 meses.
Em entrevista ao G1, Carlos Meschini, diretor-executivo do Sindicato da Habitação (Secovi) na Baixada Santista, afirmou que o momento é bom para a compra de imóveis. Com o cenário financeiro instável, o imóvel tende a ser um bom investimento e, nesta época, as incorporadoras costumam queimar o estoque. Já na temporada de verão, segundo Meschini, o preço dos aluguéis deve subir cerca de 20% a 30%, dependendo do imóvel e da cidade. Os dados apontam que o mercado imobiliário na região da Baixada Santista ainda tem a crescer um pouco. A expectativa é que haja um aumento nas vendas de cerca de 5% a 6% em 2015.
Valor médio dos imóveis tem aumentado (Foto: Mariane Rossi/G1)Expectativa é que haja aumento de 6% nas vendas
de imóveis em 2015 (Foto: Mariane Rossi/G1)
G1: Por causa do fim do ano, algumas empresas estão oferecendo descontos para conseguir vender o estoque. Isso está realmente acontecendo?
Carlos Meschini: Devido ao estoque, a gente supõe que é um bom momento para o cliente comprar e conseguir um bom desconto. Não é que as incorporadoras vão dar desconto. Para baixar o estoque, eles devem fazer alguns descontos pontuais. Acredito que não seja só para o fim do ano. É uma coisa corriqueira até para o próximo ano porque muitas incorporadoras de capital aberto estão entregando muitos produtos em Santos. Eles precisam ser vendidos. Devido ao grande estoque, os preços tendem a ser melhor negociados. Não acredito em redução. Acredito em negociação. A incorporadora não vai retirar da tabela até porque quem comprou na frente não pode ser prejudicado. Existem casos pontuais que serão negociados e casos de lançamentos também. Tem casos que vemos que a gente observa a incorporadora facilitando. O financiamento ainda é a melhor opção de comprar com facilidade. Tem incorporadora fazendo 25% do valor até a chave. Hoje só não compra quem não quer. Você vai comprar um imóvel de R$ 300 mil e pode pagar R$ 65 mil em até 36 vezes. É uma grande facilidade.  A incorporadora vende o imóvel, você vai pagando 25% até pegar as chaves e, quando pega, financia os 75%.
G1: O estoque de imóveis fica parado no fim do ano?
Carlos Meschini: A construção não tem muito a ver com o começo ou fim do ano, tem a ver com a entrega dos imóveis. Foi lançada muitas unidades em 2010 e 2011 que estão sendo entregues agora. Esse volume que foi lançado nessa época foi vendido em cerca de 60%, mas esses 40% estão para ser comercializados. Isso vem acontecendo desde o meio do ano. As empresas de capital aberto tem essa facilidade por terem mais imóveis no estoque.
Prédios em construção na Ponta da Praia, em Santos, ao lado do maior porto da América Latina  (Foto: Anay Cury/G1)Prédios em construção na Ponta da Praia, em
Santos (Foto: Anay Cury/G1)
G1: Qual a expectativa para o setor de vendas de imóveis em 2015?
Carlos Meschini: A expectativa é boa. A gente acredita que vai continuar crescendo um pouco. O mercado imobiliário é mais ou menos como o mercado de ações. A gente tem opiniões de consultores. Acredito que cresça entre 6% e 8%.
G1: Como está o mercado de aluguel neste fim de ano?
Carlos Meschini: O mercado de aluguel é totalmente diferente do de venda. Tem uma carência de locação e uma procura maior. Uma coisa que está dificultando é o fiador. É uma coisa cada vez mais difícil.
G1: O valor do aluguel tem aumentado bastante nos últimos anos. Há essa tendência de aumento no próximo ano? Está valendo a pena deixar o imóvel para alugar?
Carlos Meschini: Acho que não. Muitas coisas que estão sendo entregues também serão locadas e eu acho que a locação é uma coisa diferente da venda. Há muitas pessoas vindo para Santos locando primeiro para depois comprar. Eu acho que a locação tem a crescer até mais que a venda. Eu acho que a locação é um grande nicho, é um grande mercado para o ano que vem. As pessoas que têm imóveis e podem locar fazem um grande negócio. Mas, se for locar e colocar acima do preço, a pessoa não loca. Tem menos oferta que a procura em locação e isso força um pouquinho o mercado a se adequar. Vai continuar aumentando a procura. É um mercado fantástico, a locação está em alta.
Prédio na avenida da praia em Santos (Foto: Alexandre Lopes / G1)Prédio na avenida da praia em Santos possui
unidades de veraneio (Foto: Alexandre Lopes / G1)
G1: E para os proprietários, está valendo a pena deixar o imóvel para alugar?
Carlos Meschini: Mesmo que ele tenha um rendimento menor do que ele esperava, ele tem uma segurança de não perder o patrimônio, de não jogar no mercado porque o mercado capitalista está muito estranho. É muito mais seguro locar o imóvel. Imóvel é sempre mais segurança.
G1: Na temporada de verão, há muita diferença no preço do aluguel?
Carlos Meschini: Sim, principalmente emPraia Grande e Guarujá. Santos mudou um pouco e não está sendo turística. Guarujá, Praia Grande e as outras cidades da Baixada tendem a ter uma subida e uma negociação para veraneio interessante. Por exemplo,Bertioga, na Riviera, sobe bastante, em Praia Grande, a região do Canto do Forte é bem procurada. Mesmo em Santos acaba subindo um pouco também. É uma tendência normal do fim do ano os preços darem uma subida.
G1: Agora é um bom período para fazer negócios?
Carlos Meschini:
 Sem dúvida. É um momento muito bom. Principalmente o momento em que a gente está vivendo com essa insegurança do país. O imóvel é o melhor negócio.
Fonte: g1.com.br/santoseregiao

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